sábado, 15 de junho de 2013

lá fábrica.

Buenos Aires é gigante, que disso não haja dúvidas. Mas quando, de repente, percebemos que estamos no mesmo sítio de que já nos tinham falado há duas semanas e por uma razão completamente diferente, a cidade desconhecida e enorme dá lugar, num instante, a uma sensação estranha de familiaridade. Buenos Aires é chica, agora, ao entrar na fábrica que faz lembrar o Lx Factory, em Lisboa.
Esta também foi reabilitada. Mas em vez de só ter gente criativa, nova e fresca, recuperou também quem já lá vivia: a fábrica continua a produzir coisas de alumínio: peças, papel, moldes e muitas outras coisas. E acumula funções: agora, é também centro cultural, espaço de cultura, dança, música. É universidade para os que lá trabalham. E de, vez em quando, é mercado. (Hei-de lá voltar para ver melhor.)

O jornal argentino escrito em inglês The Argentina Independent organizou mais um BA Underground Market. Além do divulgar os negócios locais - sobretudo coisas vegan, biológicas, recicladas - as entradas (10 pesos argentinos, qualquer coisa como 1,5 euros) são para ajudar o jornal. Ainda outro dia o presidente da Fundação Gabriel Garcia Márquez dizia ao Dinheiro Vivo que o bom jornalismo tinha que encontrar novas formas de se financiar. Obviamente, organizar mercados não substitui as receitas que se perdem todos os dias em publicidade. Mas pode assumir um papel importante para divulgar o trabalho dos jornalistas. Além de que junta pessoas no mesmo espaço - e afasta-as dos computadores, dos telemóveis, dos ecrãs da televisão. E isso é sempre bom.














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