forcei a barra. sexta-feira de aulas, de jantar, de festa de aniversário. o Fran argentino fez anos, juntámo-nos na catedral do tango, um barracão gigante onde há aulas, comida vegetariana e malbec sem fim. o sotaque já engana em frases mais curtas e eu também, que até já levo amigos para jantar com outros amigos. pesseguinho na cara para esconder a pele branquela, vestido sem costas tapado com blazer - que o tempo voltou a não estar famoso, e tango no pé. tango e salsa com rock intercalado, numa mescla de estilos musicais que nem sequer se percebe bem mas que também nem cai mal. a conversa curiosa de quem ainda não se conhecia - não nos conhecia - passos de dança, vinho e conversa boa como se fôssemos amigos há anos até às tantas da madrugada. sem chuva, o sábado começa bem cedo, com boleia até casa e a sensação boa de já pertencer a alguma coisa. depois houve o habitual curso de escrita criativa, um esforço suplementar para concretizar o objectivo maior de escrever bem, quase perfeito, noutra língua que não é a minha (mas que às vezes me aparece na cabeça e me confunde as frases). passeio por San Telmo, sapatos bonitos, chá, mercado, fotografias antigas. limpezas ao fim da tarde, e uma noite para esquecer, com carteira - e cartões e chaves e documentos e telemóvel - roubados. e uma vontade de gritar asneiras em espanhol para toda a gente ouvir. nervos. e batota. era bom voltar atrás no tempo e não largar a carteira das palmeiras. caraças.
Não sei se foste tu a inventar esse "slogan"...mas adoro:) - Maria PS
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