despertador entre dedos, adiar, adiar adiar. e um dois trabalhos em atraso para fazer, uma mão cheia de textos para ler, dois livros para passar a pente fino, a semana inteira de saudades mortas a acumularem-se, outra vez, de um dia para o outro. e o frio que não passa - ai segundo inverno, porquê? - e a água quente que falha de manhã, e a pilha de loiça que fica por lavar para mais tarde. e saber que o tempo não estica e perceber que a concentração é coisa que não abunda cá por casa. e depois, há a necessidade de apanhar ar, um iPod com músicas gravadas pelo Peter, muitas que me lembram os dias em que corríamos o mundo numa noite. e depois as saudades, e as pernas a acelerar, e o frio que se faz calor. e depois, um convite para uma festa. um jantar improvisado em casa. e, de repente, uma rotina que se começa a desenhar, tão por insistência como por vontade minha. e deitar, quase de manhã. e dormir pouco. e começar tudo outra vez.
e perder as chaves.
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