domingo, 14 de julho de 2013

procurar inspiração


50 Regras de Gestão dos Fazedores:
póster publicado na edição de 1º aniversário do Dinheiro Vivo

A inspiração não é uma coisa de entranhas nem de um pensamento solitário que não quer receber inputs nem feedbacks. Ao contrário: parece-me que a inspiração vem muito mais da rua, das caminhadas ao sol, das corridas a fugir da chuva. Às vezes vem de um par de sapatos que sirva todos os caminhos a percorrer, como a da Filipa e da Maria para criarem a Josefinas. Outras, de uma agenda cheia de contactos que pode servir para ajudar outros nomes da lista a fazerem negócio, como a Inês, que se lembrou de fundar a Connect Club. Outras ainda, de uma vontade comum mesmo que a milhares de quilómetros de distância, como a da Rosário e da Mónica que, entre Madrid e Hong Kong, pensaram e criaram uma marca para turistas e viajantes.

Fui-me apercebendo também, ao longo destes mais de dois anos a escrever sobre Fazedores, que a inspiração vem, muitas vezes, da insatisfação. De um trabalho que já não alegra quando o despertador toca, de uma rotina que já não traz nada de novo, de um sonho posto em suspenso durante anos e que, de repente, por uma ou outra circunstância, passa a fazer sentido.
Já não sei quantos foram mas sei que foram centenas. O número de Fazedores que o Dinheiro Vivo deu a conhecer desde Junho de 2011 é ainda pouco para os nomes e as histórias que aparecem, todos os dias, aos nossos olhos.

Este fim-de-semana, em Buenos Aires, conheci a Rita. Soube por uma amiga que ela também estava por cá e decidi mandar-lhe uma mensagem de Facebook. Café combinado, encontrámos muita gente em comum, amigos de amigos, interesses partilhados. No meio da conversa, falámos dos Fazedores. Eu disse-lhe que escrevia sobre eles, ela disse-me que decidiu fazer uma pausa no trabalho como jornalista e mudar-se para a Argentina para estudar outra coisa, não só mas também por causa deles. Em última análise, o livro de Fazedores que o Dinheiro Vivo ofereceu na conferência que comemorou o 1º ano de site foi um dos motivos que permitiu o nosso café em Buenos Aires.

A cada entrevista de Fazedores, confesso, tenho vontade de fazer o que eles fazem. Não é uma questão de ideia ou de negócio. É uma questão de inspiração. Os meus Fazedores são as pessoas mais inspiradoras que eu conheço. A vontade de fazer que eles contaram - e que o Dinheiro Vivo publicou - contagiou a Rita. E eu, mesmo que só um meio para a mensagem que desencadeou essa mudança, nem sei explicar bem o que senti. 

4 comentários:

  1. Espectacular! Devias escrever (e inspirar-te) sobre o Soccial :)

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  2. Os meus parabéns! Cheguei aqui pela "mão" da dona do "às nove no meu blogue". Há muito que não recebia tão acertado e saboroso conselho. Muito obrigado às duas: quem sugeriu e quem tem este dom que orgulha certamente esta nossa extraordinária língua. Que não lhe falte a inspiração e a mão não lhe doa para nos manter sempre ligados.

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