domingo, 21 de julho de 2013

buenos sábados #12

adiar o despertador até não poder mais. frio. pensar que é o quarto dia sem gás, o quarto dia sem água quente, o quarto dia sem ferver água nem cozinhar o que seja no fogão. e que, mais do que isso, vêm aí mais quatro. ou cinco. manter o pijama polar colado ao corpo, as meias polares por cima para que não entre réstia de frio, que as janelas da sala deixam margem para isso. e isso é o que gela ainda mais a sala quando estão menos de quatro graus na rua. almoço em casa, sopa instantânea de frango e legumes. nhami-not. quarto frio, meias polares substituídas por meias de algodão, calças de pijama polares substituídas por calças de ganga, camisola de pijama polar substituída por t-shirt de algodão mais camisola de gola alta mais casaco mais cachecol. mochila às costas. rua. gelo. acelerar o passo, andar, andar, entrar no café, as mesas cheias no interior, procurar alternativa cá fora que, mesmo com o calor dos cogumelos aquecedores, é gelado. sentar-me e invadir mesa alheia e servir de fotógrafa no dia das amigas [e o que eu gostava de ter cá as minhas]. ir ouvindo as queixas das miúdas sobre os miúdos que dizem que são homens enquanto escrevo mais um fazedor ou, neste caso, uma fazedora. e ver que as coisas não mudam assim tanto e que as queixas e as desilusões são tão mas tão parecidas que às vezes me parece que estou em Lisboa. ficar até fechar, fugir para casa de mãos nos bolsos e revestir o pijama. skype. frio, neste bueno sábado. o décimo-segundo.

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