sábado, 26 de janeiro de 2013

hola Colômbia!


Apontamento número 1. Madrid-Miami
Entrar no aeroporto para uma viagem de quase 24 horas com duas escalas incluídas e ser surpreendida por uma notícia que conduz a um pico de stress não é simpático. Chegar à Portela às 6h15 da manhã, ir direitinha ao check-in e ser informada de que, para chegar a Medellín, na Colômbia, é preciso ter um visto para fazer escala em Miami, nos EUA, não é propriamente a melhor notícia do mundo. Com meia hora para tratar dos papéis e uma mala vermelha do tamanho de uma viagem de 15 dias - não por excesso de peso mas pela dimensão do bicho - é correr entre os perdidos no aeroporto, que páram e ficam a pensar em frente aos ecrãs gigantes e dificultam a vida a desportistas de pistas de aterragem - como é o meu caso. As duas agências de viagens nas "Chegadas" estavam fechadas (a sério que é domingo? a sério?) Ao telefone, um rapaz simpático a quem eu aparentemente terei interrompido o sono-de-manhã-de-domingo procura desesperadamente o código da reserva nas bases de dados. Quinze minutos depois chegamos à conclusão de que seria impossível encontrar a dita uma vez que a reserva não foi feita com a agência de viagens em questão. Recomenda-me o pedido ao balcão da Iberia, companhia que vendeu os meus bilhetes de avião. A senhora parece-me meia desesperada quando lhe peço ajuda e manda-me, a correr, para o balcão da Abreu do lado das partidas. Chego, a transpirar, ainda com o saco verde a tiracolo e a mala vermelha à trela, largo a mala grande à porta da agência e peço-lhe rapidez no processo. Vinte e cinco euros, uma autorização redigida em português com data de nascimento, morada e números de contacto. "Sente-se menina", diz o madrugador da agência que, aposto, preferia estar sozinho a dividir atenções entre o som do ar condicionado e a luz artificial agressiva do escritório. Papel emitido, sete da matina, corro para o check-in. Tudo impecável, avanço para a porta de embarque com 45 minutos de margem de manobra, que ainda me dá tempo para comprar o Expresso - e ler, depois, no primeiro voo, a reportagem do Hugo Gonçalves sobre os portugueses que vivem no Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro. O tempo ainda sobra para comprar um sumo natural de morango - o primeiro alimento ingerido depois do iogurte das seis da manhã - e para sossegar por momentos, em frente à porta de embarque. À entrada do avião dou de caras com aquele que será provavelmente o comandante mais simpático e divertido de sempre. A começar a descer para Barajas, soletra descontraidamente o "dia ma-ra-vi-lho-so", "el dia ma-ra-vi-llo-so", "the won-der-full day" na capital espanhola. E ainda brinca com a aterragem. "Trrrriiiiiiipulaciónnnnnnn, preparar para la aterrizaje." Espanha rulz. 
O aeroporto de Madrid não tem wi-fi. E isso é a parte mais triste do momento em que compro a Monocle, a Vanity Fair, uma salada de frutas com uma maçã deliciosa e uma sandes de presunto e queijo. Miami é a próxima paragem. Só por algumas horas. (o que era catita era conseguir investir num par de cuecas e soutien Victoria's Secret. Isso sim, era falar.)


Sem comentários:

Enviar um comentário