Como é faço para recordar um ano inteiro?
Lembrar que há um ano estava aqui também, no mesmo sofá, a escrever sobre o ano anterior. Com viagem marcada de regresso a Buenos Aires [ai, Buenos Aires meu amor]. Mas que esse era o único plano para o ano novo. Bem, pensando bem não era o único mas era a única coisa certa.
Viagem feita, foi tempo de escrever para o dia em espanhol. Buenos Aires brasa, tanto calor quanta humidade, cabelo a colar na pele, roupa a colar na pele, latina-américa colada na pele para sempre. Dois-mil-e-catorze foi ano de fazer muitas contas e muitas malas: mochila aviada para a Salta que, em dez dias, correu Bolívia e Peru para terminar em Lima e seguir para Miami numa onda de Chicas Poderosas que não pára nunca. Voltar a Buenos Aires a correr só para pegar nas malas e seguir para Lisboa. Lembrar vagamente o ritmo frenético que me tranquilizou a vida daquela a que muitos chamam a Paris da América Latina porque o regresso a Lisboa trouxe o regresso às noites mais pequenas, aos dias que nunca acabam e ao amor que nunca deixou de ser. Medo de perder coisas, tanto que perco-me a mim às vezes entre emails e telefonemas e compromissos e caracteres, tantos tantos caracteres. Agosto com três dias de semi-férias, sempre de computador atrás. Setembro de recomeços sérios, de tentar fazer as pazes com o meu corpo: começar a correr, comer melhor. Novos desafios, Outubro de regresso à redacção, aos meus #fazedores. Novembro louco, Dezembro nem dei por ele.
Ano Novo, dá-me tantas coisas boas como me deu o ano velho. Foi tão bom que, se assim não for, vai deixar saudades.
Lembrar que há um ano estava aqui também, no mesmo sofá, a escrever sobre o ano anterior. Com viagem marcada de regresso a Buenos Aires [ai, Buenos Aires meu amor]. Mas que esse era o único plano para o ano novo. Bem, pensando bem não era o único mas era a única coisa certa.
Viagem feita, foi tempo de escrever para o dia em espanhol. Buenos Aires brasa, tanto calor quanta humidade, cabelo a colar na pele, roupa a colar na pele, latina-américa colada na pele para sempre. Dois-mil-e-catorze foi ano de fazer muitas contas e muitas malas: mochila aviada para a Salta que, em dez dias, correu Bolívia e Peru para terminar em Lima e seguir para Miami numa onda de Chicas Poderosas que não pára nunca. Voltar a Buenos Aires a correr só para pegar nas malas e seguir para Lisboa. Lembrar vagamente o ritmo frenético que me tranquilizou a vida daquela a que muitos chamam a Paris da América Latina porque o regresso a Lisboa trouxe o regresso às noites mais pequenas, aos dias que nunca acabam e ao amor que nunca deixou de ser. Medo de perder coisas, tanto que perco-me a mim às vezes entre emails e telefonemas e compromissos e caracteres, tantos tantos caracteres. Agosto com três dias de semi-férias, sempre de computador atrás. Setembro de recomeços sérios, de tentar fazer as pazes com o meu corpo: começar a correr, comer melhor. Novos desafios, Outubro de regresso à redacção, aos meus #fazedores. Novembro louco, Dezembro nem dei por ele.
Ano Novo, dá-me tantas coisas boas como me deu o ano velho. Foi tão bom que, se assim não for, vai deixar saudades.