sábado, 30 de novembro de 2013

buenos sábados #31


é fim-de-semana de correria e de cansaço. acordar com vontade de ficar mais tempo na cama. esfregar os olhos, abrir a persiana, olhar para a rua. o tempo está de sonho: calor, sol, a rua toda verde e lilás numa Primavera que desejámos todos muitas vezes cá em casa. mas a vontade de sair é pouca quando se põe, lado a lado, com o que se tem que fazer. há trabalhos - tantos trabalhos para entregar. prazos e mais prazos de coisas, candidaturas, textos. o tempo passa rápido e, nestas últimas semanas antes do Natal, tão mais rápido e sem darmos por isso que nem sei. valem-nos as primeiras cerejas do ano, compradas a 50 pesos/quilo na rua, num quase-Verão de fim de ano. já lá vão 31 sábados. nossa. e que comece Dezembro. 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

buenos sábados #30


foi sábado de bobage. sábado de baldas ao curso, sábado aproveitado em casa para escrever, para pôr alguns trabalhos em dia. sábado de mesa e cadeira, de computador e de leitura. escrever toda a tarde sobre coisas obrigatórias, insistir para não sair a correr e aproveitar o sol. sábado de planeamento, sábado de casa, sábado de copos em casa, sábado de festa na mansão, sábado de deitar domingo quando já era dia. sábado trinta. sabadão em BsAs.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

os golos do Cristiano Ronaldo | o melhor do meu dia

Há sensação melhor do que ter altas expectativas que depois se confirmam? O melhor do meu dia foram os golos do Ronaldo. E a garantia de que há muito futebol para jogar - muitos jogos bons para ver - na Copa. Nossa! Nos aguardji, Brasiú. Muito português se vai falar! [acrescente-se isto: de sonho]

sábado, 16 de novembro de 2013

buenos sábados #29


acordar. tomar banho. vestir. meter-me no metro. petiscar antes do atelier. escrever durante três horas sobre o que me vem à cabeça, sem olhar a caneta, a papel, a pensamentos. voltar com mais calma, sem grande coisa fazer. chegar a casa. sair. passear com a Catarina em Palermo, experimentar roupa de tecidos frescos e leves, porque finalmente é Primavera. comprar uma coroa de flores. voltar para casa. receber. conversar, jantar, jogar ao jogo da mímica. conversar muito de uma conversa mesmo boa de sábado à noite, com céu estrelado, música portuguesa e vinho tinto com lasanha. ir para a cama.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

entrevistar | o melhor do meu dia

Há mais de dois anos que entrevisto fazedores. Os meus fazedores. Há muitos que suspiram por estarem tão apaixonados e encantados pelo que fazem. E isso, a mim, é o que mais me inspira. Se há negócios que entretanto correm mal? Claro que sim. Mas invejo-lhes a paixão de uma vontade que parece não acabar. O melhor do meu dia foi uma entrevista a um fazedor. Perguntar mas, sobretudo, ouvir as respostas. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

morangos | o melhor do meu dia

Como é Primavera aqui em Buenos Aires - e porque há muitas frutarias e gente a vender frutas e legumes na rua - há muitos morangos à venda. Adoro morangos e quase nunca resisto a comprar. Normalmente lavo-os todos e congelo alguns. O melhor do meu dia foi comer uma taça de morangos congelados - tipo gelado - e lembrar-me da avó Ester. Ela tinha sempre morangos congelados para os batidos que me fazia nas semanas das férias de Verão que eu passava em Cascais. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

o melhor do meu dia.


Já não me lembro quando foi, mas houve uma altura da minha adolescência em que eu, entre os momentos em que me deitava e em que adormecia, fazia o esforço de recuperar o maior número de momentos do dia. Fazia uma espécie de recuperação e balanço mental do que tinha feito: as boas e as más acções, as alegrias, os bons momentos e até aqueles que eu queria esquecer. Na adolescência, já se sabe, as coisas são vividas de maneira louca: tudo parece um exagero emocional. Por isso, a sensação de que eu conseguia olhar para as minhas acções com um olhar mais crítico era boa e fazia parte daqueles minutos de reflexão.
Este exercício ajudava-me, pensava eu, a corrigir os erros.

Agora que a Ana e a Catarina desafiaram todos os blogs do universo para participarem neste projecto, eu vou recuperar um hábito antigo. 

Cá vai o primeiro. O #omelhordomeudia foi uma pergunta feita por Skype: "Queres uma castanhinha assada?" A pergunta-desafio foi do meu pai que, em Rio Maior, falava directamente para Buenos Aires. O mimo sabe bem às saudades. E recomenda-se.  

sábado, 9 de novembro de 2013

buenos sábados #28

é sábado outra vez. sábado de regresso ao normal. sábado que já não tem visitas (as últimas visitas foram embora ontem) e, por isso, sábado de regresso ao atelier de escrita, sábado de voltar a acordar sem despertador porque não há passeios por fazer, sábado de voltar à rotina. sair de casa, entrar no metro. sábado de cadeiras vazias. meter a mochila às costas, subir as escadas do metro. parar a meio do caminho e dar-me conta de que, afinal, a mochila tinha o bolso de fora aberto. o bolso onde estava o meu iPhone. conjugar o verbo no passado. estava. mais um assalto em BsAs. telefonar, ouvir a chamada a ser rejeitada. passar-me, gritar, não acreditar, acreditar, não pensar. não pensar nas fotografias e nos vídeos gravados e não passados para o computador, não pensar nas entrevistas para a tese que vou ter que repetir, não pensar no meu quase braço direito, companheiro fiel de reportagens, de observações, de constatações, minha ponte de aproximação ao outro lado do oceano. é isto. sábado não-tão-bom em BsAs. vinte e oito, and counting. [e este sábado não há fotografia. regresso na próxima semana com outro formato que, para já, o instagram foi suspenso].

sábado, 2 de novembro de 2013

buenos sábados #27

ter cuidado ao acordar: há colchões no sítio onde antes punha os pés, há cabeças apoiadas na almofada partilhada, há mochilas a impedir a passagem para o corredor, o abrir da porta do armário. há cá em casa um microclima de matar saudades: primeiro a minha madrinha e o Miguel, depois a Marta, a Patrícia e a Pink, depois a Andreia, a Dina e a Sofia. há bagagem com prendas de outras pessoas, envelopes com euros para trocar no mercado negro e a casa cheira mais a Portugal por estes dias porque, na verdade, fala-se mais português e come-se bacalhau. as malas de quem vem trazem alheiras e queijo, postas de bacalhau salgado e bacalhau desfiado. trazem prendas e postais escritos com private jokes. trazem o dia a dia de Lisboa à rotina portenha. que bom que é o caos que mata as saudades de casa. [recuperar fins-de-semana que só vivemos e não escrevemos é um exercício complicado para quem está, já, em contagem decrescente para o Natal. desculpem-me as generalizações]